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Universidade Federal do Ceará
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Aprendizagem Cooperativa chega à escola Hildete de Sá, no Mondubim

Data de publicação: 31 de maio de 2019. Categoria: Notícias

Comemorando seus 25 anos, o Prece segue sua parceria com a Secretaria de Educação e promove formações de Aprendizagem Cooperativa em escolas do Ceará. 

 

Aulas utilizando a Aprendizagem Cooperativa na Escola Hildete de Sá / Foto: reprodução

 

A Escola de Tempo Integral (ETI) Hildete de Sá Brasil Cavalcante, instituição municipal de ensino fundamental no bairro Mondubim, em Fortaleza, começou a implementação da metodologia de aprendizagem cooperativa em janeiro deste ano, após participação de parte do seu corpo docente na Jornada Formativa de 2018. A formação sobre a prática de aprendizagem cooperativa e solidária é promovida pelo Programa de Estímulo à Cooperação na Escola (Prece), vinculado à Escola Integrada de Desenvolvimento e Inovação Acadêmica (Eideia/UFC) e destinada a professores e coordenadores da rede pública de ensino do Ceará.

A Jornada Formativa surgiu da parceria do Prece com a Secretaria Municipal da Educação (SME) de Fortaleza, a Secretaria de Educação do Ceará (Seduc) e o Instituto Coração de Estudante (Icores). A parceria busca, desde 2017, criar um ambiente de compartilhamento e aprendizado de práticas pedagógicas, sobretudo no que diz respeito à aprendizagem cooperativa.

Após as formações de 2018, a escola Hildete de Sá foi uma das duas escolas selecionadas para seguir com o acompanhamento de formadores pedagógicos da SME. A implementação da metodologia na escola se iniciou em janeiro com o acompanhamento dos planejamentos de aula e a adaptação das atividades dos professores.

Atualmente, oito professores da ETI já utilizam a aprendizagem cooperativa em suas aulas, sendo quatro deles efetivamente, com o apoio de bolsistas da UFC e de formadores da SME para a adaptação. Além disso, uma eletiva está sendo estabelecida com os alunos do 6º ao 9º ano, tendo em vista a necessidade de formar lideranças em salas de aula. A próxima fase da implementação consiste em expandir a metodologia para mais professores.

 

Fachada da escola, no bairro Mondubim, em Fortaleza / Foto: Mariana Lemos

 

Representante da SME responsável pela introdução da aprendizagem cooperativa naquela escola, a professora Valéria Roldan considera que um dos principais resultados do uso da metodologia é o fortalecimento da parceria entre professor e aluno.

Com a divisão da sala em grupos, nos quais cada aluno tem um papel e todos devem aprender em conjunto, o professor sai do papel central durante as aulas e começa a ser um mediador. Além disso, por meio de diversas dinâmicas, o professor entra em contato com as histórias de vida dos estudantes, estreitando as relações.

Valéria conta que conheceu a aprendizagem cooperativa em 2009 e utilizou em suas aulas por quatro anos de modo isolado, até que houve uma formação do Prece na escola em que trabalhava e outros professores adotaram a metodologia.

Atualmente Valéria se dedica à implementação do método em outras escolas. “Está sendo uma experiência maravilhosa, porque eu saio desse papel de professora e passo a abranger outros professores e outros papéis, e fazer com que a metodologia continue. Acho que é até uma filosofia da qual o professor Manoel fala: você deve compartilhar o que você aprendeu”, relata, referindo-se ao professor Manoel Andrade, docente da UFC e coordenador do Prece.

Para Pauline Teixeira, professora do 7º ano na Escola Hildete Sá, a metodologia não foi uma novidade, visto que durante sua adolescência teve aulas com a Aprendizagem Cooperativa. A docente estudou na Escola Popular Cooperativa (EPC) de Apuiarés, cuja fundação foi estimulada pelo Prece, e conta que ficou muito feliz quando soube que o método seria aplicado na escola em que trabalha, pois leva os alunos a se ajudarem e crescerem em conjunto.

“Eu fiquei muito feliz porque eu sou um fruto do Prece. E eu já sabia que funcionava, que era uma metodologia que as pessoas descobrem que podem se ajudar, que você deve estudar para que todos tenham seu lugar”, considera Pauline.

Ao analisar a implementação em suas aulas, a professora afirma que a barreira inicial já foi vencida e agora seus alunos já estão muito mais comprometidos, principalmente no que diz respeito ao silêncio e ao controle do tempo.

Karuline Fernandes, professora de Língua Portuguesa do 8º ano, é uma das docentes da escola Hildete de Sá que utiliza a aprendizagem cooperativa constantemente. Com a nova dinâmica das aulas, ela avalia que os alunos se tornam mais responsáveis por si e pelos outros.

Karuline conta que, durante a divisão de grupos, procura mesclar os alunos com maior dificuldade com aqueles que tiraram as melhores notas. Segundo ela, no início, alguns reclamavam por terem que fazer trabalhos com colegas com quem não têm intimidade. No entanto, após o período inicial de adaptação, os alunos demonstraram gostar da união.

“O principal é que eles reconhecem que precisam um do outro, que a aprendizagem não pode ser individualizada, mas compartilhada. Não é aquela questão da competição, não é uma escola que vai ensinar para competir. Pelo contrário, é uma escola que vai ensinar para cooperar”, afirma a professora.

 

Mariana Lemos / Setor de Comunicação da Eideia

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