Mulheres protagonistas: a história das ‘Raqueis’ do PRECE
Data da publicação: 8 de março de 2019 Categoria: NotíciasNeste 8 de Março, destacamos as contribuições de duas mulheres de garra: Raquel Gomes, que participou da primeira turma do Prece, 25 anos atrás; e de Raquel Garcia, que integra o programa atualmente.
Vidas que se cruzam. Duas mulheres que representam a cooperação em tempos distintos. No ano em que comemora seus 25 anos, o Programa de Estímulo à Cooperação nas Escolas (Prece), da Eideia/UFC, destaca o protagonismo feminino por meio da história de vida e da atuação social de duas “Raqueis”.
Em 1994, ano de criação do Prece, Francisca Raquel de Souza Gomes se tornava a primeira — e até então única — integrante feminina do programa. Filha de um vaqueiro e de uma professora, a então estudante do curso de História marcava a presença feminina naquele espaço dedicado à participação ativa e cooperativa.
Ainda que com dificuldades, Raquel perseverou durante todo o processo de aprendizagem e acreditou em seus sonhos e na possibilidade de ingressar no ensino superior. Hoje, formada em História, ela leciona na rede estadual de ensino e desenvolve alguns projetos com aprendizagem cooperativa dentro das escolas.
Sua primeira experiência com aprendizagem cooperativa foi por meio da célula de estudo cooperativo que realizava com os outros seis primeiros integrantes do Prece. Durante a semana, o conteúdo era trabalhado em conjunto e, aos finais de semanas, eram realizados testes de revisão, conta.
O ano agora é 2019. A estudante universitária Raquel Garcia, de 20 anos de idade, vem marcando a história recente do Prece ao atuar em projetos como o Construção Revolucionária de Estudo Cooperativo na Escola (Cresce), cursinho pré-vestibular que se utiliza do método da aprendizagem cooperativa. Além disso, Raquel também atua no projeto Lalala, junto a estudantes da rede pública de ensino.
O primeiro contato de Raquel com o protagonismo estudantil começou ainda quando cursava Direito e ingressou no Núcleo de Assessoria Jurídica Comunitária (Najuc), em que teve contato com pautas humanitárias. Junto aos colegas do grupo, ajudou a criar o projeto “Para não se esquecer de sonhar”, que buscava sensibilizar crianças do Ensino Fundamental sobre educação ambiental, entre outros temas.
Após o primeiro contato com a aprendizagem cooperativa, em 2016, células estudantis foram iniciadas em sua cidade, Pacajus. Em 2017, Raquel e seus amigos desenvolveram um curso pré-vestibular com a metodologia já vivenciada, o que posteriormente resultou na integração maior da aprendizagem cooperativa em uma nova escola.
Dentro da instituição de ensino, eles puderam desenvolver ações cooperativas e fazer um acompanhamento maior com todos os envolvidos. Apesar de todas as dificuldades, foi o que deu base para propor a aprendizagem cooperativa na escola, comenta.
As duas mulheres que, além do nome, compartilham o amor pela solidariedade e pela cooperação tornaram-se exemplos para suas comunidades devido às iniciativas e aos projetos que transformam vidas. Muito mais que protagonistas, elas são inspiração para todas as mulheres integradas ao PRECE.
“Que possamos ser mulheres diferentes, com coragem de lutar pelos nossos objetivos e fazer a diferença no nosso país”, arremata Raquel Gomes.
Daniela Félix / Setor de Comunicação do Prece